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domingo, 10 de janeiro de 2010

TEXTO 38 - CONTEÚDO ESPECÍFICO: O JOGO DE XADREZ COMO ATIVIDADE COMPLEMENTAR NA ESCOLA.

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IDENTIFICAÇÃO DO CONTEÚDO
PROFª: Jacqueline Gisele Rosas Fadel
DISCIPLINA: Educação Física
ENSINO: Ensino Fundamental – 5a série
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Jogos, Brinquedos e Brincadeiras
CONTEÚDO ESPECÍFICO: O Jogo de Xadrez como Atividade Complementar na
Escola
PALAVRAS-CHAVE: Xadrez Escolar, Ferramenta Pedagógica, Jogos Pré-
Enxadrísticos
1 RECURSOS DE EXPRESSÃO
PROBLEMATIZAÇÃO DO CONTEÚDO
“Ao ensinar xadrez não devemos ter como meta imediatista criar futuros campeões”.
(Gilson Chrestani)
Por que jogar Xadrez?
O objetivo deste OAC é compartilhar com os demais professores, algumas
idéias e práticas pedagógicas que facilitam a inclusão do jogo de Xadrez como
prática orientada nas atividades optativas ou complementares escolares dos alunos
da rede pública, considerando que estas podem contribuir para o aprimoramento de
competências necessárias à aprendizagem dos diversos conteúdos escolares e que,
ao mesmo tempo, favorecem um espaço para a socialização e criação de valores,
além de servir como forma de incentivo à permanência do aluno na escola.
A aproximação entre jogo de Xadrez e a educação já foi amplamente
estudada e posta em prática por autores consagrados ao longo da história e tem
sido objeto de estudos nas mais diversas abordagens, a exemplo da sociologia, da
psicologia e da psicopedagogia, onde são salientados os resultados expressivos
com relação à melhoria da concentração, do raciocínio, criatividade, dentre outras
habilidades, por meio da prática enxadrística.

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Nesse sentido, vale lembrar algumas investigações realizadas em diversas
partes do mundo sobre a utilização do Xadrez como ferramenta pedagógica,
analisadas por Rezende:
Bélgica (1976): os psicólogos da Universidade de Gand, os Dr. Christiaen e
Verhofstadt, depois de dois anos de experiências com dois grupos de 20
crianças entre 10 e 11 anos (alunos de 5ª série), observaram que o grupo
experimental que receberam aulas de Xadrez durante, obteve
aproveitamento 13,5% superior ao do grupo do ensino regular. New York-
USA (1981): Joyce Brown constatou considerável melhora no
comportamento dos alunos - 60% menos incidentes e suspensões, além da
melhora no aproveitamento escolar de até 50% na maioria dos estudantes
envolvidos. Marina, Califórnia-USA (1985): George Stephenson, após 20
dias consecutivos desenvolvendo um trabalho com um grupo de
estudantes, constatou os seguintes resultados entre os alunos que
apresentaram maior aproveitamento escolar: rendimento acadêmico (55%);
comportamento (62%); esforço (59%); concentração (56%) e auto-estima
(55%).(REZENDE, ago. 2007).
Também Baptistone (2000) concorda que o jogo de Xadrez, embora
considerada uma atividade lúdica, apresenta-se profundamente intelectual, pois os
estudos realizados mostram que este jogo de estratégia, quando trabalhado como
ferramenta educativa, pode reforçar habilidades como a capacidade de cálculo, a
concentração, a responsabilidade e a tomada de decisões.
No Paraná, desde 1998, são desenvolvidos projetos propondo a utilização
do Xadrez, entre os escolares, todos com resultados positivos. Exemplo disso é o
“Xadrez na Escola”, trabalhado pela Secretaria de Estado da Educação e pelo
Centro de Excelência em Xadrez do Estado do Paraná, inclusive, servindo de
modelo metodológico para os demais estados do Brasil. Mas, projetos voltados à
utilização desse jogo como instrumento pedagógico, em sala de aula, não tem sido
uma prática constante entre os professores da rede pública.
Esta situação foi constatada em pesquisa realizada pelo pedagogo Eric
Piassi (dez. 2005), sobre a “Prática e o ensino do esporte nas escolas de Bauru e
região”, quando a maioria dos profissionais da educação indagados, considerou o
jogo de Xadrez como uma arte difícil de ensinar, sendo poucos os que
reconheceram que a real função do jogo é auxiliar o processo de ensino e
aprendizagem. Na verdade, como salienta o pedagogo, o ensino e a prática
enxadrística é uma alternativa possível, bastando que o professor desenvolva
atividades motivadoras que levem o aluno a aprender a jogar Xadrez, não sem antes
que os profissionais envolvidos no projeto, estejam suficientemente preparados para

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inserir esta atividade, em sala de aula, de forma adequada para explorar todos os
benefícios que o jogo pode oferecer ao aluno.
De acordo com Huizinga (1971, p. 16), o jogo deve ser praticado dentro de
certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente
consentidas, mas absolutamente obrigatórias, pois, sendo assim, vai exercitar o
raciocínio abstrato e espacial, melhorando a concentração do aluno. Capacidade
espacial é aquela em que se pensa de maneira tridimensional, pois que possibilita
“perceber imagens externas e internas, recriar, transformar ou modificar as imagens,
movimentar a si mesma e aos objetos por meio do espaço”. (GÓES, 2002, p. 36).
Assim, pode-se dizer que por meio do convívio e das situações criadas em
torno das atividades enxadrísticas, é possível desenvolver competências e
habilidades que alargam, no aluno, a capacidade de percepção em relação ao
binômio espaço-tempo, bem como o exercício da paciência, da tolerância, da
perseverança e do autocontrole, além dos valores éticos e morais.
Visto dessa maneira, nas aulas de Educação Física, quando o aluno pratica
o Xadrez, valendo-se da capacidade espaço-temporal para solucionar problemas,
pode melhor visualizar o jogo, sob diferentes ângulos. Considerando que neste jogo
de estratégias o binômio espaço-tempo é negociado a cada jogada, o aluno, quando
levado a elaborar estratégias por meio da organização de seu pensamento, pode ter
uma considerável melhora no seu desenvolvimento mental e prático.
De acordo com a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED,
2006), as aulas de Educação Física devem contemplar as mais variadas formas de
jogo e brincadeiras, que acolhem regras, mas deixam um espaço para que o
professor faça as adaptações que achar necessárias à sua clientela. É importante,
pois, que o profissional ao pensar a inclusão do Xadrez Escolar, não se volte apenas
aos alunos que se sobressaem em determinadas disciplinas, mas que busque
alternativas que permitam que o aprendizado e a prática do jogo sejam extensivos a
todos, principalmente àqueles que apresentam dificuldade ou defasagem de
aprendizagem.
REFERÊNCIAS
BAPTISTONE, S. A. O jogo na história: um estudo sobre o uso do jogo de xadrez
no processo ensino-aprendizagem, 2000, Dissertação (Mestrado) - Universidade
São Marcos, São Paulo.

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GÓES, Daniel de Cerqueira. O jogo de xadrez e a formação do professor de
matemática. Florianópolis, 2002. 66 f. Dissertação (Pós-Graduação em Engenharia
de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina.
HUIZINGA, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo:
Perpectiva/Ed. USP, 1971.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes curriculares de educação física para a educação básica. Curitiba:
SEED, 2006.
PIASSI, Eric. Xadrez: uma visão de ensino. Jornal da Cidade de Bauru, Bauru/SP,
16 dez. 2005.
REZENDE, Sylvio. O que é o xadrez escolar? Disponível em:
http://br.geocities.com/xadrezap/pagina/xadrez_na_escola.htm#sylvio. Acesso em 28
ago. 2007.
SILVA, Wilson da. Apostila do curso de xadrez básico. Curitiba: Secretaria do
Estado da Educação e Federação Paranaense de Xadrez, 2002.

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2 RECURSOS DE INVESTIGAÇÃO
2.1 INVESTIGAÇÃO DISCIPLINAR
Educação Física e Xadrez Escolar
Considerando que o jogo é um elemento pedagógico que envolve diversos
valores, é importante que o professor de Educação Física mantenha diálogo, com os
alunos e seus pares, a respeito das diferentes manifestações corporais e situações
ocorridas nessa atividade. Nesse contexto, os professores da área podem
desenvolver projetos tendo como eixo temático o jogo de Xadrez, pois, enquanto
instrumento de educação, sua prática estimula na criança a atitude de compartilhar o
seu pensamento, o seu raciocínio e suas idéias com o outro.
De acordo com Silva (2002, p. 23), a prática do xadrez, na escola, pode
levar às implicações educativas nos aspectos educacionais e de formação do caráter
do aluno. Nesse sentido, o professor, em suas aulas, pode se valer das anotações
elaboradas pelo mesmo autor, sobre algumas das características do jogo de Xadrez
e suas implicações, ao longo da vida de um enxadrista:
CARACTERÍSTICAS DO XADREZ IMPLICAÇÕES EDUCACIONAIS
Fica-se concentrado e imóvel na cadeira. O desenvolvimento do autocontrole
psicofísico.
Fornecer um número de movimentos
num determinado tempo.
Avaliação da estrutura do problema e a
distribuição do tempo disponível.
Movimentar peças após exaustiva
análise de lances.
Desenvolvimento da capacidade de
pensar com abrangência e profundidade.
Após encontrar um lance, procurar outro
melhor.
Tenacidade e empenho no progresso
contínuo.
Partindo de uma posição a princípio
igual, direcionar para uma conclusão
brilhante (combinação).
Criatividade e imaginação.
O resultado indica quem tinha o melhor
plano.
Respeito à opinião do interlocutor.
Dentre as várias possibilidades, escolher
uma única, sem ajuda externa.
Estímulo à tomada de decisões com
autonomia.
Um movimento deve ser conseqüência
lógica do anterior e deve apresentar o
seguinte.
Exercício do pensamento lógico,
autoconsistência e fluidez de raciocínio.
Fonte: Tabela elaborada pelo Professor Wilson da Silva (SILVA, 2002, p. 23).

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Nuno Cobra, um dos maiores especialistas em Educação Física do país, ao
comentar sobre a importância da prática do Xadrez, assevera:
[...] o xadrez é realmente um excelente exercício para o cérebro e exige
muito das emoções. A pessoa adquire um senso muito prático de
organização, concentração e desenvolve de forma muito especial a
memória. O xadrez trabalha a imaginação, memorização, planejamento e
paciência. Nas escolas do primeiro mundo, o xadrez já é praticado há
décadas, onde os alunos além de todo esse desenvolvimento citado,
melhoram muito sua disciplina, relacionamento com as pessoas, respeito
às leis, às regras􀀀. (COBRA, set. 2007).
Desse modo, ao propor um projeto de Xadrez Escolar, o professor de
Educação Física, antes de iniciar o ensino teórico do jogo, deve começar pelos jogos
pré-enxadrísticos, passando depois para noções elementares e regras e,
gradativamente, inteirando os alunos nos demais aspectos do jogo como lances,
estratégias e táticas. Além desses conteúdos, os professores da área podem
colaborar para o desenvolvimento das atividades propostas pelas demais disciplinas
envolvidas no projeto, como por exemplo, do Teatro, da Gincana de Xadrez e do
Xadrez Humano.
Vale lembrar que se o Xadrez for trabalhado interdisciplinarmente,
permitindo à criança uma visão ampla e não alienada e fechada do jogo, pode se
tornar um importante aliado no ensino-aprendizagem, constituindo cada vez mais,
um instrumento facilitador e eficaz para o desenvolvimento sócio-educativo das
crianças envolvidas.
REFERÊNCIAS
COBRA, Nuno. Jogar xadrez exige preparo físico. Disponível em
. Acesso em 5
set. 2007.
D’LUCIA, Ricardo Santana; LEITÃO, Fernanda Sifuentes P; FONSECA, Gustavo;
SILVA, Marilza Ramos Pereira da; SCALVI, Rosa Maria Fernandes. O ensino de
xadrez como ferramenta no processo de aprendizado infantil. Rev. Ciências em
Extensão, v. 3, n. 2, p.103, 2007.
SILVA, Wilson da. Apostila do curso de xadrez básico. Curitiba: Secretaria do
Estado da Educação e Federação Paranaense de Xadrez, 2002.

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2.2 PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR
Xadrez Interdisciplinar
Discussão com profissionais das áreas de Língua Portuguesa, Matemática,
Artes, História, Geografia e Educação Física, da cidade de Matinhos, Estado do
Paraná, assim como pesquisa bibliográfica sobre Xadrez Escolar, apontam como
sugestões de atividades que podem ser trabalhada, para que haja uma interação
entre as disciplinas participantes de um Projeto Xadrez Escolar.
Língua Portuguesa
O professor pode ilustrar suas aulas utilizando muitos livros, revistas,
jornais, sítios, CDRom, filmes, vídeos, dentre outros recursos. Organizados em
grupos, os alunos podem pesquisar sobre as lendas do Xadrez, produzir textos,
poesias, gibis e histórias em quadrinhos, resolver palavras cruzadas e caçapalavras,
levando-os a uma melhora na competência lingüística, e na capacidade de
interpretação dos fatos ou acontecimentos.
Matemática
As aplicações do Xadrez, na Matemática, são bastante variadas. Num
primeiro momento, pode-se estudar o tabuleiro e a movimentação das peças, interrelacionando-
o com a Geometria, valores comparativos das peças, controle das
casas, noção do tempo por meio do cálculo de lances, cálculo de áreas, solução de
um problema, dentre outros conteúdos. Também poderão montar seu próprio jogo
de Xadrez, colorindo, recortando, colando e montando todas as peças do tabuleiro,
estendendo a oportunidade de jogar em casa com amigos e familiares.
História/Geografia
Antes mesmo de conhecer as peças do jogo de Xadrez, em
História/Geografia, pode-se dar lições sobre as regiões que, supostamente, deram
origem ao Xadrez. Pode-se, ainda, conceituar o momento histórico em que o jogo foi

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criado e o porquê das situações de Guerra, por exemplo, onde existe a necessidade
de delimitação de espaços, quando conceitos de geografia podem ser abordados. O
professor pode explicar, primeiro, no globo terrestre e, depois, propor atividades com
o mapa Mundi.
Em outra atividade o professor pode falar um pouco sobre a historia do jogo,
citando os torneios realizados entre grandes mestres. Referente ao Brasil, pode-se
trabalhar, por exemplo, a região Sul, contando a história do maior enxadrista
brasileiro Henrique Mecking (Mequinho), que nasceu no Rio Grande do Sul e que
chegou a ser campeão brasileiro com apenas doze anos de idade. Outras regiões
também podem ser exploradas, variando as atividades.
Artes
O Xadrez tem infindáveis relações com as Artes, podendo-se fazer uso da
pintura, da argila e de materiais recicláveis, para a confecção de materiais
enxadrísticos: tabuleiro, peças e relógio de marcação. As peças podem ser
confeccionadas com tampinhas de garrafa, botões, pequenos potes de Yakult, vidros
de esmalte ou esculpidas em pequenos pedaços de madeira; para confeccionar os
relógios de marcação pode-se utilizar relógios despertadores e interruptores de luz;
o tabuleiro pode ser feito de argila, papelão, EVA, madeira, tecido quadriculado,
dentre muitos outros. Outra atividade possível é a construção de figurinos e
cenários.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, André de Almeida. O xadrez como atividade lúdica na escola: umas ma
possibilidade de utilização do jogo como instrumento pedagógico no processo
ensino-aprendizagem. Disponível em: <
http://www.fsba.edu.br/semanaacademica2006/TEXTOS/ANDRE%20DE%20ALMEI
DA%20ARAUJO.pdf >. Acesso em: 24 ago. 2007.
D’LUCIA, Ricardo Santana; LEITÃO, Fernanda Sifuentes P.; FONSECA, Gustavo;
SILVA, Marilza Ramos Pereira da; SCALVI, Rosa Maria Fernandes. O ensino de
xadrez como ferramenta no processo de aprendizado infantil. Rev. Ciênc. Ext. v. 3,
n. 2, p.103, 2007.
FALZETTA, Ricardo. Um lance de mestre. Revista do Professor Nova Escola, n.
112, maio 1998.

PÁGINA 9.
.LEMOS, Adriano Pena Ribeiro. Centro de estudos e pesquisa de xadrez
universitário. 2006. 45p. Monografia (Graduação em Matemática) Instituto Superior
de Educação. UNIARAXA. Araxá (MG), 2006. Disponível em:
http://www.clubedexadrez.com.br/Portal/fmx/monografia06_adriano.pdf.. Acesso em
20 maio 2007.
RESENDE, Antonio Carlos de. Xadrez e matemática. Disponível em: <
http://www.clubedexadrez.com.br/menu_artigos.asp?s=cmdview6252 >. Acesso em:
28 ago. 2007.
SILVA, Wilson da. Apostila do curso de xadrez básico. Curitiba: Secretaria do
Estado da Educação e Federação Paranaense de Xadrez, 2002.
2.3 CONTEXTUALIZAÇÃO
O Professor como Mediador de Valores
Durante o seminário "Educacion, Desarollo de Talentos y Construciones de
Valores através del Ajedrez", ocorrido em Bogotá (Colômbia), em julho de 2004, a
mestre internacional de Xadrez, Adriana Salazar Varón, afirmou que, além de
potencializar habilidades, quando se ensina o jogo também se passam valores
éticos e morais, por exemplo, o respeito, a responsabilidade, o atendimento a
normas, a cortesia, a humildade, a perseverança, a disciplina, a tenacidade, a autoestima,
a paciência, o autocontrole, a tolerância, dentre muitos outros. Assim, ao
oportunizar e estimular esta prática valorativa, o professor, torna-se o mediador, o
multiplicador das condutas e posturas dos alunos.
REFERÊNCIAS
RESENDE, Consolação. Os benefícios do xadrez para crianças. Disponível em:
ezi.htm>. Acesso em: 9 abr. 2007.

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3 RECURSOS DIDÁTICOS
3.1 SÍTIOS
Clube do Xadrez – Xadrez na Escola
http://www.clubedexadrez.com.br/
Este sítio mostra o Xadrez como uma mistura de esporte e ciência, o que o
torna uma das principais ferramentas da nova proposta pedagógica para o século
XXI e, para tanto, apresenta vários projetos sobre Xadrez Pedagógico.
Acesso em: 10 jul. 2007.
Apostilas de Xadrez
http://www.cex.org.br/
Sítio voltado para o desenvolvimento do Xadrez paranaense. Contém uma
das melhores apostilas sobre o Xadrez Escolar, elaboradas pelo professor Wilson da
Silva, com variadas atividades que podem ser desenvolvidas pelo professor para
manter os alunos motivados ao estudo e prática do jogo.
Acesso em: 10 set. 2007.
Federação Paranaense de Xadrez
http://www.fexpar.esp.br
Apresenta textos, trabalhos científicos e artigos para leitura e outras
informações a respeito do Xadrez, com destaque para os trabalhos publicados no
Estado do Paraná. Apresenta as regras do Xadrez, folder e calendário dos
campeonatos e Jogos Abertos do Paraná, dentre outros eventos.
Acesso em: 30 ago. 2007.
Xadrez
http://www.cdof.com.br/xadrez.htm
Apresenta as particularidades do Xadrez como esporte, expõe sua história e
relaciona os fatos mais importantes com a história da humanidade. Mostra práticas

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do Xadrez, nas formas possíveis: artigo de marketing, elemento da educação na
área escolar, lazer, esporte e passatempo.
Acesso em: 30 ago. 2007.
Xadrez On-line
http://www.cex.org.br
Apresenta jogos de Xadrez on-line, grátis. Ao entrar para jogar, pela
primeira vez, no sitio, é preciso antes fazer o cadastro. Depois, seguir esse passo-apasso
sobre como jogar. Se sobrar alguma dúvida, pode-se utilizar o Fórum
disponível.
Acesso em: 30 set. 2007.
Xadrez nas Escolas
http://www.xadreznasescolas.com.br/apostilas/PlanodeAula.doc.
Excelente fonte de pesquisa para o professor que pretende implantar o
Xadrez escolar, onde pode ser encontrado o projeto Aprendendo Xadrez na Escola,
de Sylvio Rezende, Henrique da Hora e Ricardo Barata, com um plano para as
primeiras doze aulas de Xadrez.
Acesso em: 30 ago. 2007.
3.2 SONS E VÍDEOS
3.2.1 Vídeos
Viva a Rainha
Trama sensível, que invade o mundo do Xadrez para contar a história de
uma menina (Sara) que tem muitos sonhos, entre eles, o de encontrar seu pai
desconhecido. Mergulhando no mundo mágico e colorido dos contos de fada,
aprende a jogar Xadrez e, conversando com as peças, cria um universo próprio.
REFERÊNCIA
VIVA a rainha. Direção de Esmé Lammers. Produção de Laurens Geels e Dick
Maas, Holanda, 1995, (1:30). Disponível em:
Acesso em: 25 ago. 2007.

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O Xadrez das Cores
Trama racista apresenta forças contrárias: rico e pobre, branco e negro,
patroa e empregada. Cida, negra, trabalha para Maria, extremamente racista a
tripudia. Cida utiliza o Xadrez para conhecer a patroa. Mesmo com suas peças
negras jogadas no lixo, atura em silêncio, por precisar de dinheiro.
REFERÊNCIA
O XADREZ das cores. Direção de Marco Schiavon, Produção de Midmix
Entretenimento, Brasil, 2004, (0:22). Disponível em: <
http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=2932 >. Acesso em: 28 ago. 2007.
Lances Inocentes
Trama envolvendo Josh, gênio do xadrez e seu pai, cronista esportivo. Este
se encontra em dilema entre reconduzir o filho para uma vida normal ou torná-lo
campeão, substituindo o enxadrista Robert Fischer. Pai e filho reavaliam sua relação
e aprendem que a única coisa que não se pode perder é o amor.
REFERÊNCIA
LANCES inocentes. Direção de Steven Zaillian. Produção de CIC Vídeo, EUA, 1993.
(1:50). Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Searching_for_Bobby_Fischer >.
Acesso em 28 ago. 2007.
3.3 PROPOSTA DE ATIVIDADES
Lendas sobre a Origem do Xadrez
Esta estratégia tem por objetivo valorizar e expressar a diversidade do
espírito criativo dos alunos, por meio de ações cooperativas. Organizados em grupos
e sob a orientação do professor de Língua Portuguesa, os pesquisam as lendas
sobre a origem do Xadrez e, posteriormente, reescrevem a respectiva lenda,
podendo, inclusive, mudar os diálogos para uma linguagem coloquial.
Existe mais de quarenta lendas a respeito da origem do Xadrez, dentre elas,
a do Brâmane, de Sissa, do deus Marte e da ninfa Caíssa, do herói grego Ulisses

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(durante o cerco de Tróia) e do inventor grego Palamedes. A avaliação processual
será feita de acordo com o desempenho do grupo na apresentação da lenda.
REFERÊNCIAS
CAMPOS, Mauro Antônio Vieira de; CARDOSO, Cássia Regina Soares; SILVA,
Catarina Midori Yoshizumi da. Projeto vale saber. Disponível em: <
http://www.netescola.pr.gov.br/netescola/escola/283000036/projeto_xadrez.htm >.
Acesso em 23 ago. 2007.
CARDO, Horácio. A história do xadrez. Rio de Janeiro: Salamandra, 2000.
BECKER, Idel. Manual de xadrez. São Paulo: Nobel, 1978.
LENDA de Caíssa. Disponível em: <
http://www.clubedexadrez.com.br/portal/cxtoledo/caissa.htm >. Acesso em: 15 ago.
2007.
MILOS JÚNIOR, Gilberto: D’ ISRAEL, Davy. Xeque e mate. São Paulo: Adonis,
2000.
TAHAN, Malba. O homem que calculava. 40. ed. São Paulo: Record, 1995
Conhecendo as Peças do Xadrez
Com o objetivo de despertar o interesse dos alunos para a prática do jogo
de Xadrez, depois da exibição do filme “Viva a Rainha”, levar o aluno a uma reflexão
e discussão sobre a formação inicial das peças no tabuleiro, proposta pela Rainha.
Em seguida, para identificar o conhecimento já existente sobre as peças de um jogo
de Xadrez, os alunos relatam, em grupo, quais os movimentos de cada uma das
peças exibidas no filme. Num segundo momento, que pode ser ao término da aula,
cada criança pega uma peça que está sobre a mesa (onde existem várias peças
aleatoriamente distribuídas) e dirige-se para a saída conforme for sendo realizada a
chamada. O aluno escolhe a peça e a leva para o professor, dizendo o nome da
peça escolhida e o porquê da sua escolha.
Os alunos, com esta dinâmica se divertem e ao mesmo tempo passam a
conhecer as peças do Xadrez, aumentando seu grau de familiaridade e diminuindo
qualquer dificuldade em memorizar seus nomes e aparências, o que contribui para a
fixação da aprendizagem.

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REFERÊNCIAS
GOULART, Edson. O ensino de xadrez para crianças das 3º e 4º séries do
ensino fundamental. FCL/UNESP/Assis. Disponível em:

Acesso em 2 ago. 2007.
VIVA a rainha. Direção de Esmé Lammers. Produção de Laurens Geels e Dick
Maas, Holanda, 1995, (1:30). Disponível em:
Acesso em: 25 ago. 2007
Teatro e Xadrez Escolar
No ambiente escolar, Teatro e Xadrez combinam muito bem, pois que
explora todas as formas de comunicação humana, permitindo ao aluno expressar-se.
Assim, quando utilizado como ferramenta pedagógica, além de ampliar o repertório
cultural do aluno, também promove a recreação, o jogo, a socialização, melhoria na
fala da criança, desinibição dos alunos mais tímidos.
Assim sugere-se que depois de assistirem o filme “Viva a Rainha” e de
terem feito a leitura das lendas sobre a origem do Xadrez, por exemplo, da Lenda de
Sissa e da Lenda de Caíssa, nas aulas de Língua Portuguesa, os alunos sejam
levados a reescreverem o enredo e produzam as falas dos personagens. Nas aulas
de Artes, os alunos confeccionam o cenário, figurino, fantoches, máscaras e varas,
usando todo tipo de material: sacos de papel, cartolinas, tecidos, tintas, pratos de
papelão, jornal, material de sucata, dentre outros, e escolhem as músicas para a
apresentação. Esta atividade oportuniza que os alunos representem uma história
que eles mesmos criaram e utilizem materiais que elaboraram.
Avaliação: Ao final, os alunos poderão ser avaliados pela adaptação do
texto narrativo para o texto teatral, pela criatividade na utilização de materiais
recicláveis para a elaboração do figurino e cenário, máscaras, fantoches, bem como
nas falas e dramatização dos personagens.
REFERÊNCIAS
JUNQUEIRA, Luiza Helena Eliane Silva; LEITÃO, Luiz Antonio. O teatro na escola:
uma proposta multidisciplinar no processo de ensino e aprendizagem nas aulas de
Educação Física. Disponível em: < http://www.efdeportes.com/efd50/teatro.htm >.
Acesso em 21 ago. 2007.

PÁGINA 15.
SÁ, Antonio Carlos Pinheiro de. Atividades recreativas para o ensino do xadrez.
Disponível em: < http://www.cxg.org.br/antcarlos.htm >. Acesso em 14 set. 2007.
Gincana de Xadrez
Atividade interessante é a Gincana de Xadrez, onde o professor de
Educação Física elabora perguntas relacionando o jogo com as demais disciplinas.
Os alunos, por meio de pesquisa e debate com os professores das respectivas
disciplinas, buscam resolver as questões à medida que se apresentam.
Avaliação: Ao final os alunos podem ser avaliados pela atividade
interdisciplinar, constatando se ocorreu, realmente, diálogo entre as disciplinas.
REFERÊNCIAS
D’LUCIA, Ricardo Santana; LEITÃO, Fernanda Sifuentes P.; FONSECA, Gustavo;
SILVA, Marilza Ramos Pereira da; SCALVI, Rosa Maria Fernandes. O ensino de
xadrez como ferramenta no processo de aprendizado infantil. Rev. Ciênc. Ext. v. 3,
n. 2, p.103, 2007.
Produção de História em Quadrinhos
As Histórias em Quadrinhos podem ser utilizadas como recurso didático nas
diversas disciplinas curriculares, oportunidade em que os alunos, além de se
divertirem, adquirem determinadas habilidades que estimulam a imaginação e a
criatividade, desperta o interesse pela leitura e escrita, o que contribui para a
produção de textos.
Para explorar o conhecimento sobre o Xadrez, pode-se sugerir aos alunos
que produzam HQs, relacionadas à lenda de Caíssa, que desenhem e criem sua
seqüência até o desfecho. O professor pode trabalhar com os elementos de
linguagem, como a onomatopéia, a disposição dos quadrinhos, dentre outros. O
professor deve acompanhar a produção da HQs, discutindo com os alunos sobre as
cenas a serem representadas, verificando o texto e se a seqüência das imagens
produzidas contém as informações para o entendimento da lenda. As versões finais
das HQs podem ser expostas em mural na sala de aula ou em qualquer outro
espaço da escola, o que favorece a aprendizagem colaborativa. Também podem ser
organizadas em forma de gibis e disponibilizadas na sala de leitura, na Biblioteca ou
gibiteca escolar.

PÁGINA 16.
Avaliação: a avaliação da atividade terá como subsídios para o domínio do
conteúdo, feitos a partir de produções textuais, considerando o vocabulário, a
organização e o desenvolvimento da capacidade de trabalhar em grupos.
REFERÊNCIAS
ARAUJO, Carla Jamille C. de. A importância da história em quadrinhos no
processo de alfabetização e letramento. Disponível em: <
http://carlajamille.blogspot.com/2007/12/artigo.html >. Acesso em 3 nov. 2007
FREIRE, F. M. P. O trabalho com a escrita: a produção de HQs eletrônicas. In:
Anais do XIII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação (SBIE/UNISINOS),
2003. São Leopoldo/RS. v.1, p. 310 - 316.
Xadrez Humano
O Xadrez Humano consiste na montagem de um jogo de xadrez com
representação figurativa e dramática, feita pelos alunos, atuando como peças vivas.
Os alunos, caracterizados com fantasias de peões, torres, cavalos, bispos, reis e
rainhas ou com as peças representadas em chapéu ou colete, ficam dispostos num
tabuleiro gigante (confeccionado no pátio da escola ou pintado no chão).
A partida pode ser encenada por duas crianças como protagonistas e trinta
e duas crianças (dezesseis de cada lado do tabuleiro), cada uma representando
uma peça, que se movem ao comando dos protagonistas, até que o jogo termine
com um mate em f7. Este jogo também pode ser desenvolvido sob forma de
competição interclasse.
Avaliação: desenvolver o espírito de trabalho em equipe, possibilitando aos
alunos uma revisão de tudo que aprenderam nas aulas xadrez ate este momento.
REFERÊNCIAS
GOULART, Edson. O ensino de xadrez para crianças das 3º e 4º séries do
ensino fundamental. FCL / UNESP / Assis. Disponível em:

Acesso em 2 ago. 2007.
SAID, Munir. Xadrez humano é destaque na Escola Chave do Saber. Disponível
em: < http://www.clubedexadrez.com.br/menu_artigos.asp?s=cmdview6004 >.
Acesso em: 12 out, 2007.

PÁGINA 17.
SILVA, Wilson da. Atividades enxadrísticas motivadoras. Curitiba: Secretaria do
Estado da Educação e Federação Paranaense de Xadrez, 2002.
Atividades Pré-Enxadrísticas
O objetivo desta atividade é facilitar o reconhecimento das peças e seus
movimentos no jogo de Xadrez. O professor, na primeira aula, desenvolve o
exercício do “Gato e Rato”, passando depois para os exercícios preparatórios e
Jogos Pré-Enxadrísticos.
Gato e Rato
O “Gato e Rato” é uma dinâmica de atividade que tem por objetivo exercitar
conceitos que serão úteis no aprendizado do jogo, como por exemplo, a noção de
cooperação que deve haver entre as peças do tabuleiro. Utilizando um tabuleiro de
64 casas (8x8), 5 peças (4 Gatos e 1 Rato, sendo qualquer peça). Os Gatos movemse
de uma em uma casa pela diagonal à frente e, o Rato, de uma em uma casa, pela
diagonal, à frente e para trás. Não há captura. Os Gatos vencem se bloquearem o
Rato; o Rato vence se escapar do cerco dos Gatos.
REFERÊNCIAS
SILVA, Wilson da. Apostila do curso de xadrez básico. Curitiba: Secretaria do
Estado da Educação e Federação Paranaense de Xadrez, 2002.
Exercícios Preparatórios aos Jogos Pré-Enxadrísticos
Os exercícios preparatórios têm por objetivo levar o aluno ao
reconhecimento da importância de cada peça no jogo de Xadrez. Sugere-se que,
depois da apresentação dos movimentos que cada peça executa, os alunos, em
mural didático (tabuleiro gigante), percorram os movimentos que elas fazem,
explorando livremente as casas. Pode-se, se preferir, desenhar o tabuleiro no
quadro de giz. Da Hora, Barata e Rezende (2006, p. 11-16) muito bem exemplificam
estes movimentos e recomendam que os exercícios comecem pelo Peão.

PÁGINA 18.
Movimento do Peão
O Peão só se movimenta para frente, sendo a única peça que não retorna ou
retrocede. No primeiro lance cada Peão pode avançar 1 ou 2 casas. A partir do
segundo lance de cada peão ele irá movimenta-se apenas 1 casa. O Peão sempre
captura a peça que está na sua diagonal.
Avaliação: de acordo com as posições dos Peões, os alunos respondem as
questões:
1 Em que casa o Peão preto pode se movimentar?
2 Quais as casas que o Peão branco pode ocupar?
3 Quais as casas que o Peão branco pode capturar?
Movimento e Captura do Bispo
O Bispo se movimenta na diagonal mantendo-se sempre nas casas de
mesma cor que se encontrava no início do jogo, podendo ir para frente e para trás,
quantas casas quiser, mas não pode pular nenhuma outra peça. Pode, pois, só
percorrer 32 das 64 casas do tabuleiro.
Avaliação: de acordo com as posições do Bispo, os alunos respondem as
questões:
1 Assinale com um “X” as casas que o Bispo preto pode ocupar, de acordo
com o diagrama:
( ) b1 ( ) b2 ( ) h2 ( ) f5 ( ) h7 ( ) a8 ( ) g6
( ) c5 ( ) d3 ( ) e3 ( ) d5 ( ) f2 ( ) c6 ( ) g5
2 Conforme o diagrama, o Bispo preto poderá capturar a peça da casa :
( ) a1 ( ) c1 ( ) h1
3 Se o Rei estiver na casa f4, ele será capturado pelo Bispo?
( ) Sim ( ) Não
Movimento e Captura da Torre
A Torre se movimenta na horizontal e vertical, para frente e para trás, para a
direita e para a esquerda, quantas casas quiser, mas não pode pular nenhuma outra
peça. Captura da mesma forma. Pode mover-se para qualquer uma das 64 casas do
tabuleiro, ao longo da coluna ou fileira que ocupa.

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Avaliação: de acordo com as posições das Torres, os alunos respondem as
questões:
1 Quais as casas que a Torre pode percorrer partindo da posição d3?
2 Com quantos lances, no mínimo, a Torre pode ocupar a casa h8?
3 Se a Dama estiver na casa b2, estará sendo ameaçada pela Torre?
Movimento e Captura do Cavalo
Para movimentar o Cavalo, percorre 2 casas em linha reta, e uma
perpendicular à primeira, formando sempre a letra "L". É a única peça do Xadrez que
pode pular outras peças.
Avaliação: de acordo com as posições do Cavalo, os alunos respondem as
questões:
1 Quais as casas ameaçadas pelo Cavalo situado na posição c3?
2 Em quais casas o Cavalo preto poderá ficar, após um movimento?
3 Se o Cavalo branco ocupar a casa d5, qual a casa que o Cavalo preto
poderá ocupar, sem ser ameaçado pelo Cavalo branco?
Movimento e Captura do Rei
O Rei movimenta-se apenas uma casa, em qualquer direção. Nunca pode
se movimentar para uma casa que esteja sob ataque ou capturar uma peça que
esteja defendida por uma peça adversária.
Avaliação: analisando as posições do “Rei” no tabuleiro, os alunos
respondem as questões:
1 Quais as casas que o Rei preto pode ocupar?
2 Quais as casas que o Rei branco pode ocupar?
3 Qual dos Reis tem “mais casas” para se movimentar?
Movimento e Captura da Dama
A Dama (Rainha) é a peça mais poderosa do jogo e, muitas vezes, a sua
perda significa a perda da partida. Pode ir para frente ou para trás, para direita ou
para a esquerda, ou na diagonal, mas não pode pular nenhuma outra peça.

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Avaliação: de acordo com o diagrama, os alunos respondem:
1 Quais as casas que a Dama preta pode ocupar?
2 A Dama preta pode num só movimento ocupar a casa f3?
( ) Sim ( ) Não
3 A Dama poderá ocupar a casa a3, com o único lance?
( ) Sim ( ) Não
Jogos Pré-Enxadristicos
Os jogos Pré-Enxadrísticos (ProtoXadrez), criados ou adaptados, servem
como um primeiro contato do aluno com as peças e o tabuleiro, visando a
preparação para algo mais complexo, posteriormente. A utilização de parte das
peças, torna a aprendizagem mais simples, facilitando o processo ensinoaprendizagem
do jogo de Xadrez. Deve-se iniciar pelo Peão e, depois de ter
trabalhado o jogo Batalha de Peões, pode-se solicitar que o aluno pratique a partida
com os Reis e Peões nas casas iniciais. Aos poucos, acrescenta-se uma nova peça
na posição inicial. A seguir alguns exemplos de ProtoXadrez.
Batalha de Peões
Este jogo visa exercitar o movimento do Peão e sua prática possibilita um
melhor domínio do movimento, captura e promoção da peça. Joga-se em um
tabuleiro de 64 casas (8x8). Cada jogador possui oito Peões que são arranjados em
suas casas. O jogador com as pedras brancas inicia o jogo sendo que o Peão pode
se movimentar como o similar do Xadrez, mas sem a captura. Ganha a partida quem
fizer um Peão chegar do outro lado do tabuleiro, ou aquele que deixar o adversário
sem movimento possível.
Corrida de Cavalos
Esta atividade reforça a aquisição do movimento do Cavalo, exercitando no
aluno a elaboração de um plano que o ajudará para a condução da partida. Utilizase
um tabuleiro de 64 casas (8x8) e um Cavalo. Deve-se conduzir a peça que está

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situada em “a1” até a casa marcada com o número 1, depois até o número 2, a
seguir ao número 3 e, finalmente, retornar ao ponto de partida. Todo o percurso
deve ser feito em 20 lances. O jogador que ultrapassar esse número de lances deve
refazer o trajeto.
Duelo de Monarcas
Posicionamento dos Reis em suas casas iniciais (Rei branco em “e1” e Rei
negro em “e8”), tentando chegar a qualquer casa da oitava horizontal (linha 8 para
as brancas e linha 1 para as negras). Ganha o jogo quem conseguir chegar por
primeiro.
Jogo da Velha
É uma adaptação do Jogo da Velha e proporciona um excelente exercício
para os movimentos de Torre, Bispo e Cavalo. Depois de algumas partidas, os
alunos não encontrarão mais dificuldades na movimentação destas peças. Utiliza-se
tabuleiro de 9 casas (3x3). Regras: Cada jogador possui três peças: Torre, Bispo e
Cavalo. Os jogadores devem colocar as peças no tabuleiro tentando formar “três em
linha”. Aquele que conseguir dispor suas peças desta forma por primeiro ganha o
jogo. Depois de colocar as peças e não havendo fechado “três em linha”, iniciam-se
os movimentos das peças como no xadrez, e tenta-se fechar a seqüência. Também
obtém a vitória o jogador que imobilizar as peças de seu adversário, onde o lance é
das pretas e estão bloqueadas. Não existe a captura.
Ataque da Infantaria
Colocar o Rei e os Peões em suas casas iniciais, tentando chegar com um
Peão na oitava casa horizontal. Vence quem conseguir chegar primeiro com
qualquer um dos Peões (as peças brancas sempre iniciam a partida).
REFERÊNCIAS
D'AGOSTINI, Orfeu Gilberto. Xadrez básico. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.

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DA HORA, Henrique; BARATA, Ricardo; REZENDE, Sylvio. Aprendendo xadrez na
escola: plano de aula do professor para as primeiras 12 aulas. Rio de Janeiro:
Federação de Xadrez do Estado do Rio de Janeiro. 2006.
GOULART, Edson. O ensino de xadrez para crianças das 3º e 4º séries do
ensino fundamental. FCL / UNESP / Assis. Disponível em:

Acesso em 2 ago. 2007.
MILOS JÚNIOR, Gilberto; D’ ISRAEL, Davy. Xeque e mate. São Paulo: Adonis,
2000.
REZENDE, Sylvio. Xadrez pré-escolar: uma abordagem pedagógica para o
professor. São Paulo: Ciência Moderna, 2005.
SILVA, Wilson da. Apostila do curso de xadrez básico. Curitiba: Secretaria do
Estado da Educação e Federação Paranaense de Xadrez, 2002.
STEFAN, Bernwallner. Aprendendo xadrez. São Paulo: Ciência Moderna, 2005.
1.4 IMAGENS
Ana Aparecida Vieira Palhano é autora e proprietária das imagens que
mostram tabuleiros de jogo de Xadrez, sendo excelentes sugestões para o projeto
interdisciplinar. A imagem 1 mostra um jogo de Xadrez confeccionado com cartolinas
usadas, podendo ser confeccionado nas aulas de Artes, quanto em Ciências,
trabalhando conteúdos sobre meio ambiente, preservação da natureza, reciclagem
de materiais, dentre outros. Cada aluno pode confeccionar seu próprio tabuleiro e
praticar o jogo em casa e com amigos. A imagem 2 representa um tabuleiro gigante
para a prática do Xadrez Humano, onde os alunos são as peças vivas do jogo. A
atividade pode ser trabalhada no projeto interdisciplinar, nas aulas de Artes e
Matemática.
Imagem 1 - Tabuleiro de Xadrez
Fonte: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm_buscarImagens3.php

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Imagem 2 - Tabuleiro para a Prática do Xadrez Humano
Fonte: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm_buscarImagens3.php
Estas atividades além de desenvolverem a criatividade dos alunos, em
grupo, também estimulam o envolvimento da comunidade escolar, principalmente
dos pais, que têm a oportunidade de verem seus filhos desenvolvendo atividades
lúdicas e culturais e acompanharam de perto o trabalho desenvolvido na escola.

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4 RECURSOS DE INFORMAÇÃO
4.1 SUGESTÕES DE LEITURA
4.1.1 Livros
Xadrez pré-escolar: uma abordagem pedagógica para o professor
O livro contém sugestões de exercícios pedagógicos e jogos preparatórios,
tomando por base experiências e pesquisas desenvolvidas pelo autor. É grande
utilidade para quem deseja utilizar o Xadrez no processo educacional.
REFERÊNCIA
REZENDE, Sylvio. Xadrez pré-escolar: uma abordagem pedagógica para o
professor. São Paulo: Ciência Moderna, 2005.
O Homem que Calculava
O livro narra as aventuras e proezas matemáticas de Beremiz Samir,
personagem central, trama desenrolada no século XIII. Apresenta, ainda, de forma
romanceada problemas, quebra-cabeças e curiosidades da matemática. Inclui uma
das lendas que deu origem do jogo de xadrez, a Lenda de Sissa.
REFERÊNCIA
TAHAN, Malba. O homem que calculava. 40. ed. São Paulo: Record, 1995
Xeque e Mate
Livro voltado para o Xadrez Escolar, apresenta os movimento das peças,
regras, exercícios preparatórios, estratégias, táticas, exercícios de mate. Consta
ainda, a origem do jogo, os campeões mundiais e brasileiros, organização de
torneios e glossário de palavras utilizadas no xadrez.
REFERÊNCIA
MILOS JÚNIOR, Gilberto: D’ ISRAEL, Davy. Xeque e mate. São Paulo: Adonis,
2000.

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Aprendendo Xadrez
Livro didático, contendo as regras e os segredos básicos de um jogo de
Xadrez. Também é recomendado a todos que querem aprender Xadrez, assim como
a jogadores amadores que desejam melhorar seu nível de jogo.
REFERÊNCIA
STEFAN, Bernwallner. Aprendendo xadrez. São Paulo: Ciência Moderna, 2005.
A História do Xadrez
Contém uma história ilustrada da era medieval sobre a invenção do Xadrez,
com diagramas que facilitam o aprendizado e a memorização das jogadas. Com este
conteúdo pode-se aprender facilmente a jogar, pois a linguagem é bastante
acessível.
REFERÊNCIA
CARDO, Horácio. A história do xadrez. Rio de Janeiro: Salamandra, 2000.
Xadrez Básico
Uma das melhores obras sobre o Xadrez moderno, condensando noções
indispensáveis para o aprendizado rápido do jogo. Abrange desde as noções
preliminares até o estudo de temas do Xadrez superior, tratando o jogo como uma
ciência, onde há necessidade de uma metodologia para o total aprendizado.
REFERÊNCIA
D'AGOSTINI, Orfeu Gilberto. Xadrez básico. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.
Manual de Xadrez
O livro contém todos os assuntos relacionados ao aprendizado do Xadrez.
Inclui a Lenda de Sissa, a mais famosa sobre a origem do jogo. A obra também se

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volta a jogadores de alguma experiência que queiram aperfeiçoar seu conhecimento
e dispor de uma fonte de consulta sobre o Xadrez em geral.
REFERÊNCIA
BECKER, Idel. Manual de xadrez. São Paulo: Nobel, 1978.
4.1.2 Periódicos
Revista Ciência em Extensão
Proposta de utilização do Xadrez como ferramenta no processo de
aprendizagem, sendo desenvolvida paralelamente com outras atividades
pedagógicas, de forma a trabalhar também a interdisciplinaridade.
REFERÊNCIAS
D’LUCIA, Ricardo Santana; LEITÃO, Fernanda Sifuentes; FONSECA, Gustavo da;
SILVA, Marilza Ramos Pereira da; SCALVI, Rosa Maria Fernandes. O ensino de
xadrez como ferramenta no processo de aprendizado infantil. Rev. Ciência em
Extensão, São Paulo: UNESP, v. 3, n. 2, p. 95-105, jan./jun. 2007 .
Revista do Professor Nova Escola
O artigo “Um Lance de Mestre” mostra como o professor pode tirar proveito
do milenar jogo de Xadrez para explorar com os alunos assuntos relacionados à
História, Geografia e Matemática.
REFERÊNCIAS
FALZETTA, Ricardo. Um lance de mestre. Revista do Professor Nova Escola, n.
112, maio 1998.
4.1.3 Internet
A Origem do Xadrez
O Xadrez nasceu na China, disseminando-se por meio da cultura árabe e
influência política/geográfica do islamismo (séc. VII). Introduzido na Europa (séc. IX)

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por meio do comércio com regiões árabes e contato com os povos na época das
Cruzadas. Chegou ao Brasil na época da colonização portuguesa.
REFERÊNCIAS
ORIGEM do xadrez. Disponível em:
. Acesso em: 15 ago. 2007.
A Lenda de Sissa
Lenda que atribui ao filósofo Sissa a invenção do Xadrez, cujo objetivo foi o
de curar o tédio do Rei Kaíde. A recompensa pedida por Sissa parecia insignificante,
mas feitos os cálculos, o Rei verificou que seus tesouros não eram suficientes. Sissa
perdoou a dívida e se tornou Conselheiro do Rei.
REFERÊNCIAS
PIMENTA, Ciro José Cardoso. Xadrez: esporte, história e sua influência na
sociedade. Disponível em: < http://www.cdof.com.br/xadrez.htm >. Acesso em: set.
2007
A Lenda de Caíssa
Caíssa criou um jogo de estratégia composto de dois exércitos (Brancos e
Negros). Cada exército era composto por 8 Peões, 2 Torres, 2 Cavalos, 2 Bispos, 1
Rainha e 1 Rei. Escondeu o jogo na Terra (Índia). Mais tarde soube que o jogo era
muito apreciado e resolveu deixá-lo definitivamente na Terra.
REFERÊNCIAS
LENDA de Caíssa. Disponível em: <
http://www.clubedexadrez.com.br/portal/cxtoledo/caissa.htm >. Acesso em: 15 ago.
2007.
4.2 NOTÍCIAS
Xadrez Escolar
O Projeto Xadrez Escolar desenvolvido nas escolas municipais de Francisco
Beltrão vem registrando resultados altamente positivos, cujo aumento de atenção e

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concentração dos alunos, leva ao desenvolvimento intelectual, melhorando a
aprendizagem nas diversas disciplinas escolares.
REFERÊNCIAS
PREFEITURA MUNICIPAL DE FRANCISCO BELTRÃO. Xadrez Escolar. Boletim
Informativo, Francisco Beltrão/PR, 11 maio 2006. Disponível em: <
http://www.franciscobeltrao.com.br/noticias/default.asp?id=1283&n=>. Acesso em 13
out. 2007.
Xadrez na Escola se torna Ferramenta de Aprendizado e atrai Crianças
Levado às escolas por um grupo de enxadristas, o Xadrez permitiu perceber
que se utilizado como ferramenta pedagógica, o jogo aguça a inteligência, trabalha a
concentração, aumenta a auto-estima e o espírito esportivo, proporciona a
socialização, solidariedade e respeito entre os alunos.
REFERÊNCIAS
SILVA, William Pereira da. Xadrez na escola se torna ferramenta de aprendizado e
atrai crianças. Jornal Gazeta do Oeste, Mossoró/RN, Suplemento Escola. 01 ago.
2007. Disponível em: < http://cxpensart.blogspot.com/2007/08/cxpensart-notciasxadrez-
na-escola-se.html >. Acesso em: 14 out. 2007
Colégio Ipiranga desenvolve o Projeto Xadrez
O Xadrez faz parte do currículo escolar e vem se mostrando importante
ferramenta pedagógica para o desenvolvimento de habilidades de raciocínio lógico,
memória, agilidade do pensamento, segurança e aprendizado na vitória e na derrota,
o que acaba auxiliando na melhora do rendimento escolar.
REFERÊNCIA
COLÉGIO Ipiranga desenvolve o Projeto Xadrez. Jornal Yucumã, Três Passos/RS,
14 set. 2007. Disponível em: < www.jornalyucuma.com.br/news/25.htm>. Acesso em
13 out. 2007.

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4.3 DESTAQUE
Xadrez: O Poder Feminino
No séc. XIX a ascensão das Rainhas Isabel II (Espanha) e Victória
(Inglaterra) deu força à Rainha no Xadrez. É a peça mais ofensiva, se movimenta
quantas casas quiser, mas não ameaça a supremacia do Rei. A jogada reflete o
pensamento do século, pois todos podiam subir na vida, mas nunca se tornar Rei.
REFERÊNCIAS
FALZETTA, Ricardo. Um lance de mestre. Revista do Professor Nova Escola, n.
112, maio 1998.
4.4 PARANÁ
A Universidade Federal do Paraná, Campus-Litoral, na pessoa do Prof. Ms.
Emerson Joucoski, que conta com a parceria da Confederação Brasileira de Xadrez
Escolar, representada pelo Presidente Marcus Vinícius Lobo, aprovou um projeto de
pesquisa junto a pró-reitoria de pesquisa e pós-Graduação, cujo objetivo é o estudar
o desenvolvimento do Xadrez Escolar, a partir das ações de implementação e
manutenção desta modalidade nos municípios e das inferências dos cursos de
formação e capacitação dos professores, organizadas pelas Secretarias de
Educação e entidades envolvidas em estudar o desenvolvimento do Xadrez Escolar
em eventos de ações desportivas e esportivas, a partir das ações organizadas pelas
Secretarias de Educação, Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Confederação
Brasileira de Xadrez Escolar (CBXE).
REFERÊNCIAS
VIEIRA, Pedro Henrique. Núcleo de pesquisa já é realidade. Disponível em: <
http://www.clubedexadrez.com.br/menu_artigos.asp?s=cmdview3605.>. Acesso em:
25 set. 2007

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIA:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/503-2.pdf?PHPSESSID=2009071508204970

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