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quarta-feira, 2 de junho de 2010

TEXTO 64 - A HISTÓRIA DO XADREZ (NARRADA POR A. CARNEIRO E JOAQUIM VALLADÃO MONTEIRO).

PINTURA DO RETRATO DE RICHARD COER DE LION.
Buscar a origem do Xadrez, é voltar à obscuridade das lendas e tradições, nuito antes da História Escrita. As lendas da Índia associam o jogo aos efeitos dos deuses e dos heróis, conforme encontra-se no BHAHAVISHYA PURANA, uma das partes do antiquíssimo poema épico MAHABARATA. Este o menciona, como originário daquele país, há uns quatro ou cinco mil anos, ao tempo em que Ravana, rei do Ceilão foi sitiado por seu inimigo Rama; O HERÓI DO RAMAIANA, outro grande poema épico hindu. A invenção do jogo é atrubuída a esposa de Ravana, que o idealizou, para montar um espírito bélico nos soldados, pois o xadrez foi sempre considerado como uma guerra em miniatura.
Do mesmo modo, o Xadrez Chinês, de acordo com a tradição do país, foi inventado pelo General Hang-Sing, enviado por Hong Chu, rei da Kianguan, para sitiar Shen-Se. Seu exército foi surpreendido pelo inverno e Hang-Sing, para que seus soldados esquecessem suas asperezas, e tal como na tradição hindu, para que mantivessem os seus espíritos aguerridos, inventou o Xadrez Chunês.
Os militares de todos os tempos, tem sido entusiastas do Xadrez. Os nomes mais célebres foram Tamerlão e o Grande Napoleão.
Naturalmente, as formas iniciais do Xadrez, não correspondiam exatamente ao nosso xadrez moderno. No primeiro jogo hindu, Chaturanga haviam quatro jogadores, dispondo cada um rajá, um elfante, um cavalo, um navio, e quatro infantes. A partida era jogada, ou pelo menos iniciada com dados, para determinar a peça a ser movida e com apostas. As peças valiam certo número de pontos, quando tomadas: 5,4,3,2,1, na ordem acima citada. Alguns lances do jogo, dobravam o ganho.
Firdausi, o Grande Poeta Persa, do décimo século, no seu SHAHNAMA, ou LIVRO DOS REIS, fala da introdução do Xadrez na Pérsia, aproximadamente, no ano 500, da Era Cristã. Depois da conquista da Pérsia, pelos califas, no século sétimo, o jogo tornou-se conhecido na Arábia. Data desta época, a notícia do PRIMEIRO LIVRO DE TEORIA DO XADREZ, escrito por Masudi (aproximadamente, no ano 950, da Era Cristã). No início do Século XI, ou pouco antes, o Xadrez chegou à Europa, que até nossos dias, tem sido seu principal centro de desenvolvimento.
O Jogo de Xadrez, desde sua origem na Índia, numa remotíssima época, chegou até nossos dias, após sofrer várias transformações e modificações. Seu primeiro nome foi Chaturanga, vocábulo sânscrito, que se pronuncia, como se em Português escrevêsse-mos (t) chaturanga, isto é, conforme a prosódia convencional, clássica na Europa Xadrez (com as variantes arcaicas axadrez, enxadrez, acendreche, com derivados, como axadrezado, xadrezinho, etc.), repetimos, vem do sânscrito: chatur, que significa ´´quatro´´; e anga, que significa ´´membro´´, designando um exército de quatro armas: infantaria, cavalaria, elefantaria e navios.
Os persas, quando o Chaturanga lhe foi transmitido, por uma natural corrupção do sânscrito chaturanga, , chamaram-no de chaturang. Os árabes que invadiram seu país, alteraram-no também, para shaturanj (ax-xitrenj, pois em seu alfabeto, não existia o primeiro e o último som.
Como e Xadrez chegou à Europa, não se sabe ao certo. Supõe-se terem sido vários os seus introdutores: os espanhóis, certamente aprenderam-no dos mouros; os italianos aprenderam dos bizantinos, antes do tempo das Cruzadas, quando os nobres, de todos os países da Europa, tiveram oportunidade de conhecê-los na Palestina. A Itália e a Espanha, logo espalharam-se à Alemanha; aos Países Escandinavos e à Inglaterra.
A tradição relata que o rei Canuto (1016 - 1030) discutiu com o Conde Ulf, sobre o tabuleiro de Xadrez e, em consequência disso, assassinou-o no dia seguinte. A ´´Crônica de Ramsav`` diz que quando o Bispo Utherico procurou o Rei Canuto à noite, para o negócio urgente, encontrou-o jogando Xadrez e dados com seus cortezãos.
A primeira menção do Xadrez, na Literatura Inglesa, encontra-se no Cursor Mundi (aproximadamente, no ano 1300), onde é citado com despreso, entre os ´´jogos ociosos´´.
No Século XII, Jacques de Cessoles, escreveu um tratado, do qual, todo um capítulo foi consagrado a um Curso de Moral, tirado do jogo de Xadrez.
No romance, em versos, ´´Richard Coer de Lion´´ (pintura do retrato, acima), rm Inglês Medieval (aproximadamente, no ano de 1325), lê-se o seguinte: ``Encontraram o Rei Rucardo jogando Xadrez em sua galera,/ E o Conde de Ruchmond com ele jogava/ E Ricardo gannhou tudo que ele apostara.
Pelo último verso concluiu-se, que no Século XIV, o Xadrez Inglês era jogado com apostas, como fora Chaturanga. A espécie de coisa que constituia o objeto de suas apostas, é referida no romance, em versos, de Inglês Medieval ´´Sir Tristrem´´, onde lemos: Vendo um tabuleiro de Xadrez, ao lado de uma cadeira/ Perguntou-lhes quem queria jogar/ Disse-lhe um marinheiro, em tom jovial:/ - Rapaz, que queres apostar?/ Contra um gavião de altineiro porte/ E quem lealmente ao outro vencer/ Ambos os prêmios levará´´. E ficamos sabendo, que antes de terminar o jogo, já Tristrem havia ganho seis gaviões e presenteava-os aos circunstantes a fim de fazer amigos.
O jogo continuou desenvolvendo-se pela Europa, até o Século XVI, época em que viveu o PRIMEIRO VERDADEIRO ANALISTA, que escreveu sobre o Xadrez Europeu. Foi o espanhol Ruy Lopes de Segura (aproximadamente, no ano 1560), que registrou a última mudança: (o roque), do Shatranj dos árabes, para a forma do xadrez hoje, jogada por toda a Europa. Dele tomou seu nome, a Abertura Ruy Lopes, também denominada Partida Espanhola (ou Abertura Espanhola). Ruy Lopes, autor da interessante obra ``Livro de la invención liberal y Arte del juego del Axedrez.´´Acolá 1561, é considerado e mui justamente, como o fundador da teoria enxadrística.
No Século XVIII, a supremacia do Xadrez pertencia à França. Françóis André Danican Philidor publicou, em 1749, a ``Análise do Xadrez``, que foi o livro sobre xadrez mais editado e mais traduzido. A Defesa Philidor tem seu nome devido a este mestre.
Nos meados do Século XIX, a Inglaterra assumiu a liderança (ora em poder da Rússia) com homens como o Capitão Evans, criando o Gambito Evans e Howard Stauton, idealizador do desenho das peças de xadrez, hoje comumento usado e, de muitas variações do jogo.
A América contribuiu pelo menos com um nome para o firmamento dos astros do xadrez: Paul Morphy (1837 - 1884), cujas partidas formam talvez, a mais brilhante coleção, que já foi publicada. Elas são muito estimulantes para os jogadores novos.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).
REFERÊNCIAS:
http://edomitas.files.wordpress.com/2010/03/richard_coeur_de_lion.jpg
Livro: Aprenda a Jogar Xadrez Corretamente.
Autores: A. Carneiro e Joaquim Valladão Monteiro.
Editora Ediouro.
Edições de Ouro.

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